quinta-feira, 13 de março de 2008

Diferença x Discernimento?

Gabriel Repinaldo aponta esse duelo como conseqüência da falta de referencial informativo e portanto esclarecedor da população. Os formatos das matérias jornalísticas veiculadas na televisão brasileira incentivaram o estudante do sétimo período de jornalismo Gabriel Repinaldo a buscar brechas na grade de conteúdos das emissoras para induzir uma reflexão a respeito das leis de concessões de rádio e televisão no Brasil.
Sempre preocupado com a realidade ao seu redor, o graduando decidiu fazer deste o tema de sua monografia, pois reflete toda sua trajetória de envolvimento social, cultural e até mesmo afetuoso. A idéia partiu após um telejornal famoso veiculou uma notícia a respeito da exportação de carne do Brasil para o mercado europeu. Nessa matéria, nenhuma alternativa ou reflexão foi apresentada a respeito do assunto e logo depois os gols da rodada já estavam dominando a cena. O assustador foi que em nenhum outro canal foi diferente. Segundo Gabriel nesse instante ele percebeu a falta de referencial do publico televisivo e a falta de interesse na consistência e na profundidade das informações que a eles são transmitidas. A lei de concessões apareceu portanto como forte base dessa falta de referencial e logo foi questionado como as empresas que receberam a concessão usufruem do mais influente meio de comunicação de massa.
Aos vinte e um anos de idade, todos vividos no bairro Planalto, bairro do extremo norte de Belo Horizonte, o aspirante a jornalista está analisando os principais telejornais exibidos no horário nobre nos principais canais abertos e fechados. O foco das análises é a responsabilidade social das matérias considerando o papel da mídia como formadora de opinião. Segundo ele, “a televisão muitas vezes é a única fonte de esclarecimento das pessoas, principalmente as mais pobres e, sendo assim, as empresas que tem o privilégio de exibirem seus conteúdos deveriam ter compromisso com esta questão”.
Outra questão que Repinaldo pretende abordar, é a falsa idéia que a mídia pretende imprimir de que o entretenimento deve ser idiota e boçal. “Considero isso uma questão muito subjetiva, porém, quando ouço várias pessoas que dizem que ninguém leva a vida o tempo todo a sério, concordo plenamente, eu mesmo me distraio muito, ouvindo música, lendo, assistindo a filmes ou teatros, olhando pra lua, nadando, andando de skate... Mas quando sento diante da Tv não me divirto muito, fico preocupado com a falta de bons exemplos que quem convive comigo está tendo a respeito de entretenimento. E isso explica muitos conflitos que tenho com os outros e eles comigo”.
Gabriel é praticante de skate há 11 anos e tem diversos planos relacionados ao esporte, especialmente na área de comunicação. Atualmente ele ajuda a cobrir os eventos realizados pela loja de skate Garage Shop, cujos donos estão são bons seus bons amigos desde quando ele começo . E também contribui com fotos de alguns eventos e sessions (termo usado para definir “passeios” pelas ruas das cidades sobre o skate, em busca de obstáculos, desafios e claro muita adrenalina!) para o site de seu amigo Leo Tatu, que além de rodar todo estado Mineiro atrás de eventos relacionados ao esporte, conta com a ajuda de vários outros parceiros, além de Repinaldo.
Para quem se intreressou, este é o blog do Gabriel - MatoSemDono.
Lei mais sobre concessões no Agência Brasil.

segunda-feira, 3 de março de 2008

No sufoco, Galo espanta a "zebra" no Mineirão

Vicente Ribeiro - Portal Uai
Time alvinegro voltou a pecar nas conclusões e teve dificuldade para derrotar o Ituiutaba por 2 a 0, neste domingo, com gols de Leandro Almeida e Danilinho
Auremar de Castro/EM
Galo voltou a pecar nas finalizações e teve muita dificuldade para superar o Ituiutaba
O Atlético teve dificuldade, mas conseguiu voltar a vencer no Mineirão, pelo Campeonato Mineiro. No sufoco, o Galo derrotou o Ituiutaba por 2 a 0, neste domingo, e voltou ao terceiro lugar na tabela. Os gols foram de Leandro Almeida e Danilinho, quando o jogo começava a ficar perigoso para o Alvinegro. A baixa foi o atacante Marques, que deixou o campo no intervalo, depois de sentir fisgada na coxa esquerda.
O resultado pode ser comemorado pelos atleticanos, mas não a exibição da equipe. Novamente, o Galo pecou nas finalizações e teve muita dificuldade para vencer em casa. O que serve de alerta para o técnico Geninho, pois o próximo adversário será o Cruzeiro, domingo, no Mineirão. E a preocupação aumenta com a contusão de Marques. O Alvinegro chegou a 12 pontos e encostou no Tupi, vice-líder.
O jogo
O Atlético começou mostrando movimentação, apostando na conhecida jogada com Marques, pela esquerda, mas também nos avanços de Danilinho, pela direita. Mas ficou visível a dificuldade para criar os lances no meio-campo. A falta de um organizador, um autêntico camisa 10 - o que não é nenhuma novidade -, novamente atrapalhou a equipe.
Sem um homem para criar, o Atlético precisou da chegada dos volantes, principalmente Márcio Araújo. Mas a qualidade no passe deixou a desejar. Mesmo assim, as chances foram surgindo, mas o time não finalizava com perfeição. O goleiro Daniel, do Ituiutaba, teve trabalho em cobrança de falta de Coelho. Marques até chegou a balançar a rede, só que foi flagrado em impedimento.
Além de alguém mais efetivo na distribuição das jogadas a partir do meio-campo, faltava mais velocidade na chegada ao ataque. Sem qualquer pretensão ofensiva, o Ituiutaba era desarmado com facilidade, mas os atleticanos não aproveitavam na hora de contra-atacar. O gol quase saiu com Marques, que girou na entrada da área e errou o chute. Em seguida, o xodó da torcida cruzou e Gérson cabeceou na rede pelo lado de fora.
Como franco-atirador, o Ituiutaba arriscava os chutes de longa distância. Mas Juninho estava atento. Aos 39, Marcelo Nicácio teve ótima oportunidade, mas falhou na conclusão. Ele recebeu de Danilinho e chutou fraco, facilitando para o goleiro. Na última chance, Marques ajeitou para Danilinho, que demorou demais para finalizar e foi atrapalhado pelo defensor.
Preocupação
Auremar de Castro/EM
Dessa vez, Leandro Almeida e Danilinho conseguiram furar a defesa do adversário
A torcida, que vaiou o time na saída para o vestiário, teve uma péssima notícia no retorno da equipe a campo. Com fisgada na coxa esquerda, Marques foi substituído por Vanderlei. A preocupação aumentou com a notícia dada pelo médico Rodrigo Lasmar, principalmente em função do clássico contra o Cruzeiro, no próximo fim de semana. A apreensão se misturou à ira dos torcedores, pois o Galo, sem o ídolo, caiu de produção.
Confuso e com muitos erros de passe, o Atlético deu sinais de que sentira a saída de Marques. O Ituiutaba, por sua vez, passou a incomodar mais a defesa alvinegra. Geninho tentou de tudo, trocou Gérson por Sidnei e depois Marcelo Nicácio por Eduardo, para explorar a jogada aérea. E foi justamente em um lance desse tipo que saiu o gol. Coube a um zagueiro subir ao ataque para marcar. Aos 22, Sidnei cruzou e Leandro Almeida cabeceou sem chance para o goleiro.
Alívio para o time, mas a torcida continuava pressionando. O segundo poderia ter saído com Danilinho, que, livre de marcação e diante do goleiro, chutou por cima. Pouco depois foi a vez de Eduardo concluir para a defesa de Daniel. A partir dos 30min, sentindo que o Galo tinha melhorado, a massa passou a cantar o hino. O Ituiutaba foi para cima e assustou em alguns lances, enquanto o Atlético não aproveitava as chances. No último lance, aos 48, Danilinho driblou duas vezes o marcador e completou rasteiro, garantindo a vitória.

De virada, Cruzeiro vence e segue 100% no Mineiro

De virada, Cruzeiro vence e segue 100% no Mineiro (01/03)
Leandro Mattos - Portal Uai
Time superou o Social no Vale do Aço e assumiu a liderança do Estadual
Light Press/Cruzeiro/Divulgacao
Cruzeiro começou perdendo, mas virou pra cima do Saci e assumiu a liderança do Mineiro
O Cruzeiro segue imbatível no Campeonato Mineiro 2008. Neste sábado, o time celeste derrotou o Social por 2 a 1, de virada, no Ipatingão, e manteve 100% de aproveitamento no Estadual, com cinco vitórias, em cinco partidas.
O triunfo, construído com gols de Marcinho e Thiago Martinelli, deixou a Raposa na liderança do Campeonato Mineiro, pelo menos até o complemento da rodada, neste domingo, quando o Tupi pode ultrapassar os celestes em caso de vitória.
O jogo
De olho na Libertadores, o Cruzeiro pisou o gramado do Ipatingão com um time misto, modificado mais uma vez, e com meta definida: deixar o Vale do Aço na liderança do Campeonato Mineiro, mantendo 100% de aproveitamento no Estadual.
Com a zaga reforçada, o time marcava bem e tentava avançar pelas pontas, mas a primeira ação foi do Social: Zanini partiu pela direita e cruzou para a área. A bola saiu pela linha de fundo. A Raposa respondeu com uma escapada de Apodí, também pela direita, mas Chéferson desviou o cruzamento do lateral cruzeirense.
Com o ataque mais positivo da competição - ao lado do Villa Nova, com 13 gols - , o Cruzeiro quase marcou aos 11 minutos: Jonathan lançou Marcinho nas costas da zaga, mas Ronaldo deixou a meta e salvou o Social, impedido o arremate estrelado.
Tímido, o Saci arriscava menos, sempre nos contragolpes, como aos 14 minutos, quando Eleílsson viu uma brecha e chutou, do bico direito da grande área. Atento, Fábio espalmou pela linha de fundo. Aos 21, Luís Eduardo aproveitou um cochilo da zaga para entrar com a bola dominada na área. Após passar por Léo Fortunato, ele cruzou rasteiro, mas Thiago Heleno aliviou.
Menos tímida, a equipe de Coronel Fabriciano passou a gostar do jogo e tentava vencer o bloqueio azul pelas laterais. Aos 28, Chéferson avançou pela direita e só foi parado com falta. Na cobrança, Neguinho alçou na medida para o zagueiro Renê, que subiu mais do que a zaga e balançou as redes de Fábio, no canto direito: 1 a 0 no Ipatingão.
Em desvantagem e com a partida mais franca, o Cruzeiro deu mais velocidade ao seu jogo. Aos 32 minutos, Leandro Domingues esticou uma bola para Sandro, que cruzou para a área. Ronaldo espalmou e Jonathan emendou o rebote, mas a bola explodiu na zaga.
A persistência surtiu efeito e a Raposa conseguiu levar a igualdade para o vestiário. Aos 40 minutos, após boa troca de passes, Marcel deixou Marcinho livre para invadir a área e escolher o canto, na saída do goleiro. O chute, de perna direita, morreu no fundo das redes de Ronaldo, do lado esquerdo: 1 a 1.
Segundo tempo
As duas equipes voltaram modificadas para a etapa complementar. No Cruzeiro, Adílson Batista sacou Léo Fortunato para a entrada de Marquinhos Paraná. No Social, José Ângelo escalou Jackson no lugar de Luís Eduardo.
Light Press/Cruzeiro/Divulgacao
Sandro voltou ao time, após 10 meses afastado
Mais fechado, o Saci dificultava a vida dos homens de frente do Cruzeiro, que trocavam muitos passes antes de investir contra a meta alvinegra. A primeira chance veio de uma cobrança de escanteio, aos cinco minutos, quando Marcinho alçou a bola e Sandro chutou para a defesa de Ronaldo. Logo depois, numa ótima tabela, a Raposa chegou de novo. Marcinho e Jonathan trocaram passes e o camisa 10 exigiu elasticidade do camisa 1 do Social, que espalmou no susto uma bomba de perna direita.
Após os 15 minutos, os dois treinadores voltaram a mexer nas equipes. José Ângelo colocou Normando no lugar de Chiquinho e Adílson Batista sacou Jonathan para dar lugar a Charles.
Aos 20 minutos, o Cruzeiro chegou de novo. Sandro cruzou da esquerda, Marcel conseguiu um leve desvio de cabeça e quase surpreendeu Ronaldo. Insatisfeito com a igualdade, Adílson Batista deu mais ofensividade ao time, ao sacar Leandro Domingues para a entrada de Marcelo Moreno. No Saci, José Ângelo foi obrigado a trocar o goleiro. Ronaldo torceu o joelho e deu lugar a Thiago.
A cada volta do relógio, o Cruzeiro ficava mais afobado em busca da virada. Aos 28, Apodí partiu em velocidade pela direita e cruzou para a área. Moreno e Marcel não chegaram e a bola sobrou fácil para a zaga do Saci. Insistente, o Cruzeiro chegou ao segundo gol dez minutos depois e a jogada também começou pela direita. Apodí enfiou uma bola para o jovem estreante Zé Eduardo que cruzou. A bola encontrou Thiago Martinelli na pequena área. O zagueiro só teve o trabalho de empurrar para as redes: Raposa 2 a 1 no Ipatingão.
Muito cansado e com apenas 10 jogadores em campo, após a contusão do zagueiro Renê, o Social não teve forças para reagir.
Melhor para os celestes, que podem encarar o Caracas, pela Libertadores da América, na próxima terça-feira, como líderes do Campeonato Mineiro. Para isso, basta que o Tupi não vença o Rio Branco neste domingo, em Andradas. (LM)